O sexonambulismo é uma palavra estranha, mas ganhou popularidade por estar envolta em situações polêmicas. O termo define um distúrbio de sono que atinge por volta de 7% da população mundial.
No sexonambulismo, a pessoa tem o comportamento sexual ativado durante o sono. Isso faz com que os portadores do problema tenham relações sexuais ou se masturbem, mas não tenham nenhuma lembrança do ocorrido.
De acordo com especialistas, aqueles que sofrem com esse problema apresentam uma sexualidade semelhante à que teriam enquanto acordados.
O distúrbio atinge em sua grande maioria os homens e segundo especialistas, não tem cura, no entanto, pode ser controlado através da terapia medicamentosa.
O problema maior é quando o sexonâmbulo acaba buscando outras pessoas para ter relações sexuais. Se a situação ocorrer com o conhecimento e consentimento do(a) parceiro(a) pode até passar despercebida, no entanto, existem alguns casos onde os que sofrem com o problema, acabam parando no tribunal.
Stephen Lee Davies é um homem residente no País de Gales, que há alguns anos, foi acusado de estuprar uma jovem que estava hospedada em sua casa. O homem afirmou no tribunal, que não conseguia conter seu impulso sexual enquanto estava dormindo.
Testemunhas foram chamadas para depor e confirmaram a versão de Davies, fazendo com que ele fosse absolvido das acusações. Apesar do veredito, o sexonambulismo vem causando muitos problemas para a justiça, que tem que investigar com cautela para confirmar se o acusado realmente sofre com o problema ou utiliza o mesmo como álibi.
No sexonambulismo, as atividades sexuais ocorrem entre o sono superficial e o profundo, dessa forma, torna-se muito difícil a pessoa lembrar-se do que ocorreu.
Nessa fase do sono, o lobo frontal, região do cérebro responsável pelo pensamento e emoções, acaba se fechando, impedindo que a memória dos eventos seja processada.
De acordo com especialistas, conforme dissemos no início, infelizmente o problema não tem cura, porém tem tratamento. Este é feito através do uso de remédios controlados, geralmente calmantes e sessões de psicoterapia dependendo do caso.
Há alguns anos, quando o assunto quase não era comentado, uma mulher australiana conseguiu obter sucesso ao realizar o tratamento para combater o sexonambulismo. Os médicos afirmam que conseguiram ajuda-la, visto que a mulher saia de casa durante a madrugada para ter relações sexuais com estranhos.
Ela não lembrava de absolutamente nada, no entanto, algumas evidências como preservativos encontrados, deixaram a mulher e seu marido em alerta.
Donal Kisella é um homem irlandês que em 2007 foi demitido do trabalho por aparecer nu diante de sua secretária. Ele conseguiu comprovar o problema na justiça e ganhou o processo contra a empresa, embolsando 10 milhões na época.
O sexonambulismo é um problema raro, mas que não pode ser descartado. Caso perceba alguns sinais que indiquem o distúrbio, o ideal é procurar um médico. Felizmente, com o tratamento adequado os sintomas podem ser reduzidos, evitando o risco de prejuízos.