Na Roma Antiga, quando o assunto é o sexo, muitas dúvidas acabam surgindo. E, uma delas se refere a como era antes, na época da Roma Antiga. Isso porque, as pessoas costumam pensar que é algo atual, sem ter em mente como eram as coisas antes.
Na Roma Antiga, o sexo tinha o seu papel fundamental. Isso tanto em questões políticas, como históricas. Há inclusive um caso que se tornou mais do que famoso, que foi denominado de Rapto das Sabinas.
Era uma estratégia, que visava o rapto tanto das filhas, como das esposas dos povos sabinos. E o objetivo era justamente a utilização das mesmas por conta de questões sexuais, como de reprodução e também para este mesmo uso.
O então fim da monarquia também trouxe uma relevância muito grande na parte sexual, assim como a restauração da república.
É preciso entender o sexo, na época, como algo que influenciava as pessoas a agirem de determinadas formas, assim como, era como se fosse uma troca, em que quem o conseguia, proporciona estrutura a quem se submetia, em alguns casos.
As mulheres ainda eram muito vistas como um objeto ao qual o homem queria ter acesso. O estupro, por exemplo, apenas de pensarmos que é recente, não é. Já acontecia e muito nesta fase.
Muitas vezes só não era assim chamado ou ainda, até era, mas como acabava sendo pouco divulgado, as pessoas acreditavam que não era algo com que tinham que se preocupar.
Já que falamos sobre o estupro ser raro naquela época, quero trazer agora a questão do suicídio. Lucrécia, figura muito conhecida na Roma Antiga, se suicidou em 510 a. C. . O motivo? A mesma foi estuprada por uma figura também conhecida historicamente: Sexto Tarquínio.
O que isso significou para o momento? O fim de toda a monarquia Romana. Era hora de acabar com um tipo de governo que estava apenas prejudicando o povo e não o incentivando a questões positivas.
Como Tarquínio, no momento do estupro era rei de Roma, isso acabou causando um tumulto danado em todo o local. E também, na questão de passagem de Reino Romano para República.
Agora é de se imaginar o quanto isso causou e custou para um período que ainda acreditava muito e se espelhava nas atitudes do rei, que, era como se fosse o exemplo para aquela geração.
Ele estuprando Lucrécia e, pior do que isso, levando-a ao suicídio, as coisas não ficaram da forma como se imaginava. Por isso que cada vez mais, o povo decidiu querer lutar pelos seus direitos e não se submeter mais ao que lhe era imposto, principalmente no caso das mulheres com relação ao lado sexual.
O decenvirato foi uma instituição que então oi criada em 449 a. C., visando não permitir conflitos entre os cidadãos, já que com a defesa da república, em meio aos governantes tendo comportamentos parecidos com os monarcas, patrícios e plebeus passaram a se confrontar. No decenvirato, dez homens discutiam soluções para esta questão.
Mas qual a relação do sexo com este movimento? Acontece que, o presidente do decinverato da época, acabou se apaixonando de uma forma obcecada por Virgínia. Ela era filha de um centurião romano e estava comprometida.
Como o presidente do decenvirato tinha muito poder, acabou o utilizando para obrigar a moça a ficar com ele. O pai dela, com medo de que a sua filha acabasse sendo estuprada, assassinou-a antes disso.
É claro que após essas questões uma revolta surgiu e então, o decenvirato, que tinha o objetivo de resolver problemas, mas que acabou gerando um, acabou.
Sim! Também conhecido como aquele que preserva a conhecida virtude sexual, para os antigos romanos, o puritanismo era base da ética sexual.
Por isso a vida tanto de Lucrécia, como de Virgínia, acabaram dessa forma: com a morte delas. Assim, as tornando heroínas, pois foi o sexo ou a possibilidade dele que as levou a esse fim.
O problema era que, como o sexo era visto como algo negativo, mesmo as mulheres casadas, não deveriam entender o ato como algo prazeroso e sim, como uma opção que leva a procriação.
Maridos infiéis? Eles precisavam ser aceitos. Ou seja, o homem deveria sentir prazer e ainda assim, ter acesso a qualquer mulher, enquanto a mulher deveria aceitar tudo o que lhe era imposto.
Por qual motivo? Porque nessa época, a traição era a prova de que o seu marido realmente tinha a tão sonhada virilidade.
A maioria das traições acontecia com as prostitutas e também dançarinas, mas muitos homens transavam inclusive com eles mesmos.
Neste último caso, a ideia era que o homem penetrasse em outro, que era considerado sem virilidade ou ainda, deficiente. Assim, estes, eram depois chamados de afeminados, por permitirem o ato.
Demorou, mas quando a república romana já estava mais evoluída, então o sexo que acontecia fora dos casamentos passou a ser questionado.
Então, alguns valores relacionados à família foram estabelecidos, isso pelo líder Augusto, primeiro do Império Romano.
Mas, como nem tudo é perfeito, havia um grave problema: a filha de Augusto, Júlia. Ela praticava o ato com frequência e nos lugares mais inusitados possíveis.
Por isso, tudo que Augusto defendia, era feito de forma contrária por sua própria filha. O líder optou então por exilá-la e a enviou para Pandataria, ilha remota aonde não existia homens.
Mais tarde, Júlia acabou se casando com o seu meio irmão, imperador Tibério. O mesmo acabou se tornando travesti e vivendo como mulher na corte.
As prostitutas e sua rainha imperial
Quando o assunto eram as prostitutas, uma delas se destacava e por isso foi chamada de rainha das prostitutas imperiais. Seu nome era Messalina e ela era a imperatriz.
Todas as noites, acabava escapando da cama de seu marido e então, frequentava um bordel.
Para se ter uma ideia da vida sexual dela, em um determinado momento, ela desafiou uma outra prostituta a uma maratona de sexo que tivesse a duração de um dia completo. Quem ganhou foi Messalina, depois de transar com vinte e cinco homens.
Diversos imperadores romanos eram homossexuais, como já citado. Um deles chegou a oferecer recompensa para quem encontrasse o maior pênis para satisfazer os seus desejos. Inclusive, para se ter uma ideia, quem ocupava os melhores cargos administrativos na época, tinha o cargo por conta do tamanho do seu pênis.
Já Heliogábalo queria realmente ter as genitais femininas e ofereceu fortunas para o médico que realizasse esse seu desejo. Mas, a Guarda e o Senado, acabaram se revoltando com a situação e isso acabou fazendo com que a sua vó o matasse quando ele tinha dezoito anos.
Já em 525 d.C, as coisas não mudaram muito. O sexo continuou sendo importante para a vida romana.
Tanto que a Imperatriz Teodora, uma das protagonistas no quesito sexual, antes de se casar apresentava peças de teatro em um bordel. Para se ter uma ideia, ela, durante as apresentações, chamava atores para transarem com ela no próprio palco.
Mas, assumindo o novo posto, lutou pelas mulheres, criando leis que as protegessem sobre qualquer tipo de violência ou abuso sexual.
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