Como tratar vaginismo, esse distúrbio sexual que pode afetar mulheres de todas as crenças, raças, cores, situação socioeconômica e faixas etárias?
Primeiramente, vamos conversar sobre vaginismo o que é: basicamente é uma síndrome que faz com que a mulher sinta dor na penetração, seja pelo pênis ou outros objetos como dedo, absorvente interno ou espéculo. Sua causa está ligada principalmente a fatores psicológicos que fazem com que os músculos da vagina se contraiam involuntariamente, impedindo o acesso a essa região.
Por ser uma condição com a presença de fortes aspectos emocionais e psicológicos, seu tratamento não é fácil e exige dedicação e paciência da mulher, mas principalmente do seu parceiro. Apesar disso, vaginismo tem cura e é fundamental tratar com seriedade para garantir a saúde sexual da mulher.
Continue lendo esse post para descobrir como tratar vaginismo pela visão de profissionais médicos.
Distúrbio sexual envolve questões emocionais e psicológicas. Imagem: pornpics.com
Como falamos anteriormente, o vaginismo é um distúrbio que envolve questões emocionais e psicológicas. Por isso, o tratamento costuma envolver vários profissionais médicos como ginecologista, psicólogo e fisioterapeuta pélvico. Sim, existem fisioterapeutas especialistas nessa área, e eles auxiliam homens e mulheres a tratar de distúrbios sexuais ou problemas na musculatura pélvica com incontinência urinária.
A fisioterapia irá utilizar ferramentas de relaxamento, exercícios pélvicos específicos e também um recurso conhecido no tratamento do vaginismo: os dilatadores. Eles são como pequenos dildos utilizados para ajudar a mulher a se acostumar com a penetração. Conforme for relaxando a musculatura, ela pode aumentar o tamanho do dilatador até se aproximar ao tamanho de um pênis e assim conseguir realizar a penetração com o parceiro.
Um dos possíveis tratamentos é o uso de dilatadores. Imagem: egalité sex shop.
O papel do psicólogo é entender quais são as crenças limitantes dessa mulher, ou seja, o que em seu subconsciente a diz que sexo é errado ou sujo, que faz com que seu corpo negue o ato. Questões como religiões restritivas, medo extremo de gravidez ou situações anteriores de abuso sexual são algumas das causas possíveis.
Descoberta essa causa, psicólogo e paciente vão trabalhar para ressignificar o sexo e as situações relacionadas a ele no imaginário desta mulher. Assim sendo, não só o corpo estará sendo tratado, mas também a mente, principal causadora do problema.
Tratamento gradual e multidisciplinar. Imagem: pornpics.com
Alguns medicamentos orais podem ser utilizados no tratamentos de fatores relacionados ao vaginismo, como infecção urinária ou candidíase de repetição. Esses quadros podem ser mais comuns em quem tem vaginismo devido à baixa da imunidade e dificuldade da mulher para lidar com essa área do corpo.
Para tratar o vaginismo em si, existem algumas intervenções possíveis com hormônios e géis anestésicos, porém esses não são tão recomendados pois podem criar uma dependência da mulher em seu uso para conseguir o relaxamento.
Em casos mais graves de vaginismo, é possível utilizar como recurso de tratamento aplicações de toxina botulínica (botox) na região pélvica, que vai relaxar a musculatura por alguns meses – mais ou menos quatro meses – e facilitar o desenvolvimento das outras terapias.
Lembrando que curar o vaginismo é possível! E o homem, mais do que nunca, precisa ser aliado da mulher nesse processo.
